quarta-feira, 21 de agosto de 2013

APÓS EFEITO NEGATIVO DAS MANIFESTAÇÕES, VAREJO DEVE CRESCER 9% EM AGOSTO


Após as maiores manifestações nos últimos 20 anos afetarem as atividades varejistas nos maiores centros urbanos brasileiros, fato que levou os associados do IDV (Instituto para Desenvolvimento do Varejo) a apontar queda de 1% nas vendas, em comparação com o mesmo mês do ano anterior, a perspectiva para agosto e setembro são muito positivas.

Estudos realizados mensalmente com os associados do IDV, esperam uma aceleração, com crescimento real de 9% em agosto e 11,3% em setembro, sempre na comparação com os mesmos meses de 2012.

O varejo de não duráveis, que corresponde pelas vendas de alimentos, entre outros, apontou notável queda em junho, de 4,6%. No entanto, o IAV-IDV indica forte recuperação para agosto e setembro, com crescimento de 11,3% e 14,7%, em comparação com o mesmo período do ano anterior. 

Vale ressaltar que o desempenho desta categoria tem o maior peso nas medições do IAV-IDV, bem como do IBGE, e contribui historicamente entre 40% e 50% de participação no índice da Pesquisa Mensal do Comércio calculado por este órgão do governo.

O setor de bens semiduráveis, que inclui vestuário, calçados, livrarias e artigos esportivos, é o grupo com desempenho mais constante. Os associados apontaram leve queda de 0,4% das vendas realizadas em junho e para agosto e setembro, observa-se uma manutenção das vendas próxima dos dois dígitos, com expectativa de aumento de 8,6% e 9,3%, respectivamente.

Já para o segmento de bens duráveis, apesar do retorno gradual das alíquotas originais do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para linha branca e móveis, os associados estimam taxas significativas de crescimento, com alta de 8,1% em agosto e 11,1% em setembro, na comparação com mesmos meses de 2012. Em junho, houve aumento de 3,9% nas vendas.

Para o presidente do IDV, Flávio Rocha, o cenário econômico nacional foi marcado nas últimas semanas pela manutenção da política restritiva do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que se reuniu no dia 10 de julho e decidiu aumentar a taxa básica de juros da economia de 8% para 8,5% ao ano. 
“Foi o terceiro aumento consecutivo na taxa Selic, maior nível desde abril de 2012. Além disso, a influência da inflação em itens importantes para as famílias brasileiras, como alimentos, afetou o desempenho do varejo no primeiro semestre. Contudo, a desaceleração da inflação, principalmente no setor alimentício, e a manutenção do bom momento do binômio trabalho e renda podem conduzir para melhores resultados no segundo semestre de 2013”, analisa Rocha.


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