terça-feira, 10 de setembro de 2013

VAREJO ESPERA RECUPERAÇÃO DAS VENDAS EM SETEMBRO E OUTUBRO


Para os próximos dois meses, as projeções do IAV-IDV (Índice Antecedente de Vendas), estudo realizado mensalmente com os associados do IDV, são otimistas. Para setembro e outubro os indicadores indicam altas de 7,2% e 8,7%, respectivamente, sempre em comparação com os mesmos períodos do ano passado.

O varejo de não duráveis, que corresponde pelas vendas de alimentos, entre outros, apontou estabilidade em níveis baixos em julho e agosto e forte recuperação a partir de setembro. Houve alta de apenas 1% no mês passado, na comparação com o mesmo período de 2012. Para agosto, a previsão é de um aumento de apenas 2,1%. Já para os meses seguintes, os associados estimam taxas de crescimento em aceleração: 5,4% e 8,6%, respectivamente. Vale ressaltar que o desempenho desta categoria tem o maior peso nas medições do IAV-IDV, bem como do IBGE, e contribui historicamente entre 40% e 50% de participação no índice da Pesquisa Mensal do Comércio calculado por este órgão do governo.

Já o setor de bens semiduráveis, que inclui vestuário, calçados, livrarias e artigos esportivos, foi o grupo com desempenho mais constante no período. Os associados apontaram alta de 10% das vendas de julho e estimam crescimento de 9,7% em agosto, 10,1% em setembro e 11% em outubro.

Apesar do retorno gradual das alíquotas originais do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para linha branca e móveis, os associados estimam que o segmento de bens-duráveis retome taxas significativas de crescimento, com alta de 7,9% em agosto, 7,7% em setembro e 7,2% em outubro. No mês passado, a alta também foi de 7,9%.

Para o presidente do IDV, Flávio Rocha, nos resultados registrados em julho, a desaceleração da inflação dos alimentos e transportes, motivada pelas manifestações populares, e a manutenção dos níveis de emprego e renda contribuíram para a recuperação do índice global IAV-IDV. "Além disso, as projeções dos analistas de mercado sofreram leve queda e estimam uma expansão de 2,21% para o PIB de 2013 e 2,5% para 2014. Da mesma forma, do lado dos preços, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) segue praticamente inalterado, com leve queda em relação à previsão anterior: 5,74% em 2013 e 5,85% em 2014", comenta Rocha.

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